Vitamina D contra a depressão

Uma pesquisa recente sugere um novo benefício para a vitamina D. Uma pesquisa entre mulheres que sofriam de depressão – moderada ou severa – revelou que, após um tratamento com vitamina D, os sintomas da depressão estavam menores e menos pesados. Essas mulheres não mudaram outros tratamentos, particularmente o(s) antidepressivo(s) que tomavam, deixando claro que os efeitos se deviam à unica mudança, que foi um regime de suplementação da vitamina D.
Os autores concluíram que as deficiências eram responsáveis pelo agravamento da depressão. O modelo explicativo com base em deficiências significa que, corrigida a deficiência, doses adicionais de vitamina D não produziriam efeitos benéficos, podendo causar efeitos negativos.
Determinar a quantidade ideal de vitamina D que devemos receber diariamente é um problema ainda não solucionado. Sabemos, apenas, quando há claras deficiências e claros excessos, sendo que as duas situações produzem efeitos indesejáveis. Porém, entre elas há um amplo “meio”e o tratamento adequado depende de onde deixamos o ponteiro. Note-se que as recomendações da quantidade de vitamina C são baseadas em especulações a respeito de médias e medianas, havendo amplo espaço para variações entre os indivíduos.
Não obstante, é agradável saber que uma exposição ao sol, de meia hora, seja na manhã, antes do horário de pico, ou à tarde, depois dele, pode contribuir para melhorar a depressão é uma possibilidade alvissareira.
GLÁUCIO SOARES IESP/UERJ

Vitamina D contra a depressão

Uma pesquisa recente sugere um novo benefício para a vitamina D. Uma pesquisa entre mulheres que sofriam de depressão – moderada ou severa – revelou que, após um tratamento com vitamina D, os sintomas da depressão estavam menores e menos pesados. Essas mulheres não mudaram outros tratamentos, particularmente o(s) antidepressivo(s) que tomavam, deixando claro que os efeitos se deviam à unica mudança, que foi um regime de suplementação da vitamina D.
Os autores concluíram que as deficiências eram responsáveis pelo agravamento da depressão. O modelo explicativo com base em deficiências significa que, corrigida a deficiência, doses adicionais de vitamina D não produziriam efeitos benéficos, podendo causar efeitos negativos.
Determinar a quantidade ideal de vitamina D que devemos receber diariamente é um problema ainda não solucionado. Sabemos, apenas, quando há claras deficiências e claros excessos, sendo que as duas situações produzem efeitos indesejáveis. Porém, entre elas há um amplo “meio” e o tratamento adequado depende de onde deixamos o ponteiro. Note-se que as recomendações da quantidade de vitamina C são baseadas em especulações a respeito de médias e medianas, havendo amplo espaço para variações entre os indivíduos.
Não obstante, é agradável saber que uma exposição ao sol, de meia hora, seja na manhã, antes do horário de pico, ou à tarde, depois dele, pode contribuir para melhorar a depressão é uma possibilidade alvissareira.
GLÁUCIO SOARES           IESP/UERJ

Omega 3 contra a depressão

Os resultados de um amplo clinical Trial produziram alguns resultados encorajadores. O experimento era com o Omega 3 e seus ácidos gordurosos.

O que permite concluir?

Que suplementos com o Omega 3, que compramos nos melhores fabricantes, podem combater eficientemente a depressão.

Os resultados são preliminares, mas estimulantes. Começa com um negativo: como no caso de tantos medicamentos, nem todos os pacientes respondem: em alguns não surte efeito. Por que funciona com alguns e com outros não? A resposta reside nos que, também, sofrem de ansiedade. E os resultados mostram que o naturalíssimo Omega 3 minora os efeitos e sintomas da depressão tanto quanto os antidepressivos que compramos na farmácia por um preço muito mais alto.

Como foi feito o estudo?

Um total razoável de participantes: 432 (menos do que os bons trials Fase III, mas não havia uma mega-farmacêutica por trás para financiar um grande número de participantes). Todos sofriam de depressão unipolar (uma preocupação justificável porque os bipolares, segundo alguns, constituem um quadro à parte). Foram divididos em dois grupos, um placebo e o grupo que recebeu cápsulas com óleo de peixe com uma elevada concentração de ácido eicosapentanóico (EPA). Acompanharam essa população durante mais de três anos, sob a vigilância de pesquisadores da Universidade de Montreal. A pesquisa também incluiu pacientes que não respondiam aos anti-depressivos comuns.

Segundo o pesquisador principal, uma das dificuldades no tratamento da depressão é que muitos pacientes abandonam o tratamento. O tratamento leva tempo para surtir efeito e muitos não sabem esperar. Outros não iniciam o tratamento com medo do estigma que, acreditam, acompanha o uso de anti-depressantes – mas não acreditam que esse estigma exista contra os que tomam suplementos alimentares.

Os participantes receberam suplementos de Omega 3 fabricados pela mesma empresa – chamados OM3 Emotional Balance – três capsulas diárias com 1050 mg de EPA e 150 mg de DHA, diariamente. Não investigaram os efeitos de doses ainda mais altas.

Depois de oito semanas, os sintomas de depressão diminuíram na maioria dos participantes. O próximo passo é comparar esse tipo de tratamento mais fácil e menos custoso com um grupo controle que tomará antidepressantes de demonstrada eficácia. Após examinarem semelhanças e diferenças, os pacientes e seus médicos poderão tomar decisões bem informadas.

Gláucio Soares


 

Derrames, pequenas tristezas e grandes depressões

Muitos eventos que acontecem na vida da gente podem provocar uma depressão, como a morte de alguém, separações, divórcios etc. O derrame é um deles e um diagnóstico de câncer é outro: aumentam muito o risco de depressão. Algumas das consequências colaterais dos tratamentos aumentam o risco de depressão. Felizmente, há tratamento, tanto com drogas, quanto com terapia e, sobretudo, com a combinação delas, antidepressivos e terapia.

Porém, quem sai de uma grande depressão fica temporariamente muito vulnerável e deve se proteger e ser protegido(a). Uma pesquisa recente, chamada Mild Sadness Can Trigger Depression Relapse mostra que pessoas que saíram de depressões sérias permanecem sensíveis e vulneráveis ao estresse e seu risco de entrar (voltar à) numa depressão séria é bem mais alto do que o risco dos que nunca tiveram uma depressão. Não é algo bem compreendido por muitas pessoas que cuidaram dos pacientes deprimidos, inclusive amigos e familiares, que frequentemente perdem a paciência no longo caminho de cuidar deles. Há uma sensação de alívio, um ufa!!!, e ninguém está preparado(a) para a notícia de que o paciente não está “curado” e pode recair. Claro, há pacientes e ex-pacientes instrumentais que a depressão para obter coisas e deixar de realizar tarefas.

  • Uma pesquisa feita no Canadá mostra que, inicialmente, pequenos transtornos podem provocar grandes recaídas em sérias depressões.
  • A pesquisa foi feita em duas etapas: na primeira, foram estudados 301 pacientes com depressão séria. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos, um recebeu um antidepressivo durante seis meses e outro recebeu terapia cognitivo-comportamental durante uma vez por semana. Numa segunda etapa, 99 pacientes que haviam saído da depressão ouviram músicas tristes e melancólicas e que se lembrassem de momento(s) da vida em que se sentiram tristes. O objetivo era criar uma atmosfera triste.
  • Os pacientes que foram tratados com antidepressivos – e que se recuperaram bem – recaíram com maior frequência do que os que fizeram terapia cognitivo-comportamental.
  • Quanto mais estímulos e reativações de pensamentos disfuncionais maior o risco do paciente recair numa depressão séria.

Os pesquisadores chamam de pensamento disfuncional o alimentar memórias e tristezas. Médicos, assistentes sociais, terapeutas e até familiares e amigos precisam se conscientizar de que as pessoas que saem de depressões não saem fortes e que o risco de recaída é alto caso ocorram novos eventos tristes e caso “amigos” mergulhem os pacientes numa atmosfera de tristeza. Toda a entourage do paciente precisa ficar alerta e ajudar o paciente a evitar pensamentos tristes e depressivos.

Não é verdade que temos que viver as crises e depressões até a última gota.

Publicado em Archives of General Psychiatry (Volume 63).

O risco de recaída na depressão

Pequenas tristezas e grandes depressões

Quem sai de uma grande depressão fica temporariamente muito vulnerável e deve se proteger e ser protegido(a). Uma pesquisa recente, chamada Mild Sadness Can Trigger Depression Relapse mostra que pessoas que saíram de depressões sérias permanecem sensíveis e vulneráveis ao estresse e seu risco de entrar (voltar à) numa depressão séria é bem mais alto do que o risco dos que nunca tiveram uma depressão. Não é algo bem compreendido por muitas pessoas que cuidaram dos pacientes deprimidos, inclusive amigos e familiares, que frequentemente perdem a paciência no longo caminho de cuidar deles. Há uma sensação de alívio, um ufa!!!, e ninguém está preparado(a) para a notícia de que o paciente não está “curado” e pode recair. Claro, há pacientes e ex-pacientes instrumentais que usam a depressão para obter coisas e deixar de realizar tarefas.

  • Uma pesquisa feita no Canadá mostra que, inicialmente, pequenos transtornos podem provocar grandes recaídas em sérias depressões. A pesquisa foi feita em duas etapas: na primeira, foram estudados 301 pacientes com depressão séria. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos, um recebeu um antidepressivo durante seis meses e outro recebeu terapia cognitivo-comportamental durante uma vez por semana.
  • Numa segunda etapa, 99 pacientes que haviam saído da depressão ouviram músicas tristes e melancólicas e que se lembrassem de momento(s) da vida em que se sentiram tristes. O objetivo era criar uma atmosfera triste.
  • Os pacientes que foram tratados com antidepressivos – e que se recuperaram bem – recaíram com maior frequência do que os que fizeram terapia cognitivo-comportamental.
  • Quanto mais estímulos e reativações de pensamentos disfuncionais maior o risco do paciente recair numa depressão séria.
  • Os pesquisadores chamam de pensamento disfuncional o alimentar memórias e tristezas. Médicos, assistentes sociais, terapeutas e até familiares e amigos precisam se conscientizar de que as pessoas que saem de depressões não saem fortes e que o risco de recaída é alto caso ocorram novos eventos tristes e caso “amigos” mergulhem os pacientes numa atmosfera de tristeza.
  • Toda a entourage do paciente precisa ficar alerta e ajudar o paciente a evitar pensamentos tristes e depressivos.
  • Não é verdade que temos que viver as crises e depressões até a última gota

Publicado em Archives of General Psychiatry (Volume 63).
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Idosos, depressão e suicídio

    A grande maioria dos conhecimentos sobre a relação entre idade e suicídio, particularmente sobre o suicídio de idosos, vem de fora do Brasil. No Brasil, o crescimento do número dos idosos é mais recente e a pesquisa social no Brasil está engatinhando. Fala-se muito, pesquisa-se pouco.
Comecemos com os Estados Unidos:

  • em 2004, a população da Terceira Idade (65 e mais) representava 12% do total e 16% dos suicidas;
  • a taxa de suicídio nessa faixa era de 14,3 por 100 mil, mas a da população como um todo era de 11;
  • a taxa crescia na Quarta Idade (85 e mais), particularmente entre homens brancos, onde atingia 49,8 por 100 mil.

    A depressão é amiga íntima do suicídio. Há muitos estudos sobre essa relação. Alguns concluem que [até] 75% dos idosos suicidas tinham buscado assistência médica no mes anterior ao suicídio. Isso nos diz, pelo menos, duas coisas:

  1. problemas de saúde são um dos incentivos ao suicídio entre idosos e
    1. os profissionais da saúde, sobretudo médicos e enfermeiras, podem ajudar a detectar um suicida em potencial.

    Esses dados também sublinham a necessidade de lidar com a detecção e o tratamento da depressão como um passo importante para a prevenção dos suicídios.
Porque cresce a depressão entre os idosos?

  • O risco cresce com outras doenças, físicas ou mentais. A depressão é a grande co-morbida (doença que ocorre junto com outra(s) doença(s)).
  • O risco cresce com o declínio funcional. Depressões pesadas afetam sobretudo os que tem que ser hospitalizados. Os que vivem “na sociedade” apresentam uma percentagem de deprimidos que varia entre 1% e 5%; entre os hospitalizados chegam a 11-12% e entre os que requerem tratamento em casa chegam a 13-14%.
  • Nos EUA, perto de 5 milhões vivem com sintomas de depressão, mas não apresentam um quadro claro que permita um diagnóstico. Ela é particularmente frequente entre idosos e aumenta o risco de desenvolver uma depressão séria.

    É importante repetir e repetir mais que a depressão NÃO é parte “normal” do envelhecimento. Sentimentos de tristeza, luto, dor etc. acontecem regularmente, são normais e quase inevitáveis. Mas a depressão não é normal e é evitável. A depressão afeta seriamente a funcionalidade dos idosos.
Assim, a prevenção dos suicídios entre idosos passa pelo tratamento da depressão. Em muitos idosos, a depressão vem primeiro, faz um estrago na qualidade de vida do idoso, e o suicídio vem depois. O pessoal médico e até familiares tendem a empurrar com a barriga a depressão dos idosos, que explica como as taxas de diagnóstico são baixas, mas pesquisas específicas revelam que elas são muito mais altas.
Além disso, a depressão dificulta o tratamento de outras doenças, o que é gravíssimo devido à alta comorbidade da depressão. Ela está frequentemente acompanhada de outra doença física ou mental.
    O tratamento passa por remédio (antidepressivos receitados por psiquiatras competentes e por ninguém mais) e por psicoterapia. São tratamentos que podem, com certo esforço e perseverança, ser obtidos gratuitamente ou a baixo custo. Um bom parente faria o trabalho de localizar esses serviços.

    É possível encontrar felicidade na Terceira Idade. Tecnicamente, aos 73, eu já sou “velho-velho” e enfrentou um câncer há 11 anos, já tive embolias pulmonares múltiplas e tenho uma fibrilação atrial muito chata e ameaçadora (aumenta muito o meu risco de AVC). Ajudar os outros, particularmente crianças pobres e coroas como eu me dá alegria. Espero que todos os coroas encontrem alegria em alguma atividade.

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Idosos, depressão e suicídio

A grande maioria dos conhecimentos sobre a relação entre idade e suicídio, particularmente sobre o suicídio de idosos, vem de fora do Brasil. No Brasil, o crescimento do número dos idosos é mais recente e a pesquisa social no Brasil está engatinhando. Fala-se muito, pesquisa-se pouco.
Comecemos com os Estados Unidos:

  • em 2004, a população da Terceira Idade (65 e mais) representava 12% do total e 16% dos suicidas;
  • a taxa de suicídio nessa faixa era de 14,3 por 100 mil, mas a da população como um todo era de 11;
  • a taxa crescia na Quarta Idade (85 e mais), particularmente entre homens brancos, onde atingia 49,8 por 100 mil.
A depressão é amiga íntima do suicídio. Há muitos estudos sobre essa relação. Alguns concluem que [até] 75% dos idosos suicidas tinham buscado assistência médica no mes anterior ao suicídio. Isso nos diz, pelo menos, duas coisas:

  1. problemas de saúde são um dos incentivos ao suicídio entre idosos e
  2. os profissionais da saúde, sobretudo médicos e enfermeiras, podem ajudar a detectar um suicida em potencial.

Esses dados também sublinham a necessidade de lidar com a detecção e o tratamento da depressão como um passo importante para a prevenção dos suicídios.
Porque cresce a depressão entre os idosos?

  • O risco cresce com outras doenças, físicas ou mentais. A depressão é a grande co-morbida (doença que ocorre junto com outra(s) doença(s)).
  • O risco cresce com o declínio funcional. Depressões pesadas afetam sobretudo os que tem que ser hospitalizados. Os que vivem “na sociedade” apresentam uma percentagem de deprimidos que varia entre 1% e 5%; entre os hospitalizados chegam a 11-12% e entre os que requerem tratamento em casa chegam a 13-14%.
  • Nos EUA, perto de 5 milhões vivem com sintomas de depressão, mas não apresentam um quadro claro que permita um diagnóstico. Ela é particularmente frequente entre idosos e aumenta o risco de desenvolver uma depressão séria.


É importante repetir e repetir mais que a depressão NÃO é parte “normal” do envelhecimento. Sentimentos de tristeza, luto, dor etc. acontecem regularmente, são normais e quase inevitáveis. Mas a depressão não é normal e é evitável. A depressão afeta seriamente a funcionalidade dos idosos.
Assim, a prevenção dos suicídios entre idosos passa pelo tratamento da depressão. Em muitos idosos, a depressão vem primeiro, faz um estrago na qualidade de vida do idoso, e o suicídio vem depois. O pessoal médico e até familiares tendem a empurrar com a barriga a depressão dos idosos, que explica como as taxas de diagnóstico são baixas, mas pesquisas específicas revelam que elas são muito mais altas.
Além disso, a depressão dificulta o tratamento de outras doenças, o que é gravíssimo devido à alta comorbidade da depressão. Ela está frequentemente acompanhada de outra doença física ou mental.
O tratamento passa por remédio (antidepressivos receitados por psiquiatras competentes e por ninguém mais) e por psicoterapia. São tratamentos que podem, com certo esforço e perseverança, ser obtidos gratuitamente ou a baixo custo. Um bom parente faria o trabalho de localizar esses serviços.

É possível encontrar felicidade na Terceira Idade. Tecnicamente, aos 73, eu já sou “velho-velho” e enfrento um câncer há 11 anos, já tive embolias pulmonares múltiplas e tenho uma fibrilação atrial muito chata e ameaçadora (aumenta muito o meu risco de AVC). Ajudar os outros, particularmente crianças pobres e coroas como eu me dá alegria. Espero que todos os coroas encontrem alegria em alguma atividade.


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Anti-depressivos, psicoterapia e suicídio

    Dois estudos ainda não publicados no American Journal of Psychiatry confirmam que o uso de anti-depressivos reduz o risco de comportamentos suicidas. Simon estudou mais de cem mil pessoas num plano de saúde que foram tratadas por estarem deprimidas. As tentativas de suicídio foram mais comuns no mes imediatamente anterior ao que se iniciou o tratamento. A explicação intuitiva é que foram levados ao tratamento exatamente porque tinham comportamentos suicidas (que podem ser tentativas, ameaças, falar muito a respeito, ideações suicidas etc).  As tentativas começaram a decrescer logo no primeiro mes depois do início do tratamento com anti-depressivos e continuaram baixando nos meses subsequentes. O mesmo padrão pode ser observado com o início de psicoterapia. Esse declínio é acentuado tanto no caso de anti-depressivos quanto no caso de psicoterapia, sugerindo que usar apenas um desses recursos é jogar fora instrumentos no combate à depressão e ao suicídio e aumentar o risco de morte do paciente. Outro estudo, com dados sobre mais de 226 mil veteranos de guerra mostra que os pacientes tratados com SSRIs ou anti-depressivos tricíclicos tentavam o suicídio com frequência menor do que os que não eram tratados.  Essas diferenças foram observadas em todos os grupos de idade, inclusive nos jovens (18 a 25).

Os dados podem ser vistos abaixo: 

Figure 1

Temos que combater a depressão e o suicídio com todos os instrumentos disponíveis que são eficazes. Deixar de tratar os pacientes com o que há de melhor por causa de guerrilha teórica entre psicoanalistas e psiquiatras é um comportamento pior do que burro: é criminoso.

Anti-depressivos, psicoterapia e suicídio

    Dois estudos ainda não publicados no American Journal of Psychiatry confirmam que o uso de anti-depressivos reduz o risco de comportamentos suicidas. Simon estudou mais de cem mil pessoas num plano de saúde que foram tratadas por estarem deprimidas. As tentativas de suicídio foram mais comuns no mes imediatamente anterior ao que se iniciou o tratamento. A explicação intuitiva é que foram levados ao tratamento exatamente porque tinham comportamentos suicidas (que podem ser tentativas, ameaças, falar muito a respeito, ideações suicidas etc).  As tentativas começaram a decrescer logo no primeiro mes depois do início do tratamento com anti-depressivos e continuaram baixando nos meses subsequentes. O mesmo padrão pode ser observado com o início de psicoterapia. Esse declínio é acentuado tanto no caso de anti-depressivos quanto no caso de psicoterapia, sugerindo que usar apenas um desses recursos é jogar fora instrumentos no combate à depressão e ao suicídio e aumentar o risco de morte do paciente. Outro estudo, com dados sobre mais de 226 mil veteranos de guerra mostra que os pacientes tratados com SSRIs ou anti-depressivos tricíclicos tentavam o suicídio com frequência menor do que os que não eram tratados.  Essas diferenças foram observadas em todos os grupos de idade, inclusive nos jovens (18 a 25).

Os dados podem ser vistos abaixo: 

Figure 1

Temos que combater a depressão e o suicídio com todos os instrumentos disponíveis que são eficazes. Deixar de tratar os pacientes com o que há de melhor por causa de guerrilha teórica entre psicoanalistas e psiquiatras é um comportamento pior do que burro: é criminoso.

Porque estudar o suicídio

A devastação humana causada pelos suicidios é a principal razão para manter esse blog.
Algumas estatíticas básicas:

• No mundo, alguém se mata cada 40 segundos
• A taxa de suicídio aumentou 60% nos últimos 45 anos
• Mundialmente, as tentativas de suicídio são perto de 20 vezes mais frequentes que os suicídios
• Nada menos do que 90% dos suicídios encontram-se relacionados com distúrbios mentais (principalmente depressão, bipolaridade e abuso de drogas e álcool)uw uw q

Para outras páginas sobre bipolaridade e outras doenças mentais e suicídio, clique em cima:
O risco de suicídio, segundo Satcher
Suicídios e seus momentos mais prováveis
Porque estudar o suicídio
Notícia triste
Necrópsia psicológica, doença mental e suicídio
Um testemunho
Alunos e orientados bipolares